sexta-feira, agosto 04, 2006

crónicas futuras 0 (sub-produto das crónicas futuras I)

Da "minha" rua com nome de arbusto odorífero desce-se para o Casino. O percurso deve fazer-se de tacão largo e alto e saia rodada. A saia deve privilegiar os padrões floridos e coloniais.

Do Casino escolhemos a esquerda e a Baixa, o café do Teatro, ou a direita e a estrada Monumental com os seus hoteis finos e/ou decadentes.

Talvez um dia o meu futuro passe por aqui e seria muito mais fácil se tudo fizesse sentido. Já fez mais do que agora faz, mas todas as coisas são uma questão de hábito. O amor, a solidão, a terra em que vivemos, a terra que adoptamos. Mesmo que essa terra seja um pedaço de vulcão perdido no meio do mar.

Dizem-me que é possível ser feliz aqui. Dizem-me que há quem tenha nascido e morrido aqui sem ser de distância, de solidão, de insularidade. Não sei. Na verdade sei muito poucas coisas.