domingo, maio 28, 2006

Porque é que o prazer, a dúvida e o medo me provocam a sensação física de náusea? Porque é que a felicidade está sempre doentiamente próxima do terror? Demasiadamente próxima do climax, próxima do fim, próxima do início...

pause. rewind. play. stop. This moment.

Silêncio que dura eternidades.

play. pause. rewind. stop. Again this moment.

segunda-feira, maio 22, 2006

Afinal...

Ontem é que foram os meus anos... desculpem lá, enganei-vos. Quem pensava que a coisa tinha sido a 16, estava equivocado, lamento, foi mesmo ontem... dia 21. Este ano foi diferente. Tive quatro abraços femininos, uma foto de conjunto, dois amigos da risota, muitas confidências, dois pares de surpreendentes mãos amigas e um sorriso a surgir atrás da montra que não vos digo nem vos conto. ;)

Ontem foi a minha vez, no meio da canseira, dos trabalhos, das olheiras, da canalhada e da pelintrice, de ser surpreendida com os outros de roda de mim.

quarta-feira, maio 17, 2006

Happy Birthday Mr. President

Sim, eu fiz anos. Sim, nem toda a gente se lembrou. Sim, fazer este número com demasiados angulos e poucas curvas está a fazer-me um bocado de impressão. Sim, para o ano é que vai ser. Sim, para o ano faço a minha idade fetiche.
Sim, isto tem muito que se lhe diga mas hoje estou muito ocupada. Volto mais tarde.

domingo, maio 14, 2006

3 não(s) girassol

Ela disse-me "não trabalhei o não, só trabalhei o sim" como tal é natural que tenha reagido mal ao não que ouviu. Basicamente não existia motivo para que esse não surgisse, nada o indicava, nada o fazia prever.

Ela perguntou-lhe "queres boleia para casa?". E o não, não foi a resposta, em vez disso uma sucessão de vagas explicações que se resumiam numa negativa profundamente revoltante quando tudo naquela noite lhe dizia sim. As festas na barriga e o sorriso. Tudo indicava o sim, tudo o fazia prever.

Quando ele lhe indicou onde iria ficar, ela sentiu uma pequenina surpresa. Era um não que faz todo sentido, mas que revela uma certa perda de estatudo junto de alguém. Um não sem não, um não silêncioso, um não amigo e honesto mas em todo o caso um não.

(a continuar)

domingo, maio 07, 2006

Future post title

Esquece tudo o que te disse...

segunda-feira, maio 01, 2006

statcounter

Agora finalmente começo a perceber como é que algumas pessoas conseguem saber determinadas coisas sobre quem os lê. Como tal vou fazer o meu primeiro post a fingir que percebo alguma coisa sobre o assunto.

Há muito poucas buscas na net que vêm dar a este gabinete empoeirado, mas as que aqui vieram dar diziam respeito a:
- frank ronan (ok, honest mistake)
- lista de competências (ok, este tb é na boa)
- casa de meninas em moscavide (what the fuck?)
- textos de teatro de bichas (este eu até tenho dificuldade em classificar)

O chato é que agora descobri mais uma coisita com que perder tempo... grrr

Papoila

Esta flor, que no outro dia insistias em não saber qual é, é a minha flor favorita.
É vermelha cereja, distingue-se em qualquer baldio, desfaz-se quando a apanhamos à bruta, esmaga-se e tinge-nos os vestido e aparece sempre, sempre, absolutamente sempre quando chega a primavera.
Faz-me lembrar quando ainda existia um armazém da Lever nas traseiras da minha casa. Este prolongava-se num enorme baldio donde podiamos ir a pé para a barraca da sra. Maria e daí até à nº3 sem atravessar uma rua sequer. Ai existia também um aqueduto, acho que já nessa altura ele não servia para nada a não ser pontoar o baldio com os seus arcos de volta perfeita, onde à sua sombra podiamos cortar os fetos com que lá em casa de faziam os arranjos de flores. Também nasciam e cresciam braviamente outras flores, principalmente malmequeres e outras que não sei o nome... na verdade não sei o nome de mais nenhuma... aquelas roxas pequenitas que despontam de uma erva alta e seca, aquelas brancas esféricas sem núcleo que se lhe aponte (e que, e esta é uma curiosidade muito interessante, se reproduzem como os morangos, eu já experimentei dentro de um copo de água) e as azedas. Afinal ainda sei mais um nome. As azedas, aquelas flores pequenas em forma de pequenos sinos que nascem no final das finas hastes sumarentas e azedas (óbvio!) que chupavamos muito embora soubessemos que qualquer cão lhes podia ter mijado em cima.
De tudo o que existia de fascinante nesse baldio que rodeava o nosso prédio, aquelas ervas secas com umas coisitas (não sei como designa-las) em forma de seta que se apanham com a mão toda ao longo do caule e depois se atiram contra as costas dos colegas para lhes contarmos os namorados pelas que ficam presas ao alvo, nada era mais bonito e frágil do que as papoilas.
Quando tive na quarta classe (décimo aniversário) a minha cadeira de rainha da primavera, menina dos anos, princesa do papá, elas estavam lá e bem sei que aquilo deu muito trabalhinho. Porque aquela coisa de interlaçar tudo o que é flor rafeira numa cadeira de verga madeirense até ela se transformar num trono, tem muito que se lhe diga.

uma ideia... que era bem capaz de me interessar...